Certa vez ouvi que “infeliz daquele que, nos primeiros instantes de uma ligação amorosa, não acredita que ela vai ser eterna”. Por que não crer? Por que não viver? Tantas indagações em busca de respostas perfeitas. Outrora, pudéssemos nos dar ao desfrute de não buscá-las. A tônica da vida não nos permite tal atitude. Sempre em busca dos complementos, dos pontos finais, de algo que nos faça entender os motivos. Mas para que entender? Por que não apenas viver, entregar-se a tal sensação inebriante, mergulhar num mar de incertezas sabendo que ao fim de tudo nada te é sólido, nada permanece em tuas mãos.
A certeza que nunca te persegue, que enlouquece até os mais confiantes, causa frestas até nos sentimentos mais estáveis, permeando um hoje tão fugaz que te faz crer que fez menos do que deveria, que amou menos do que merecia, que chorou menos do que seus olhos queriam, que beijou, suspirou ofegante e descompassadamente menos do que gostaria, que viveu não ao modo como havia planejado. Mas viveu... Viveu e buscou sempre mais, nunca chegando onde queria, mas sempre desfrutando aonde chegava, fazendo de cada instante um momento, de cada momento uma história, de cada história um personagem, de cada personagem uma lenda.
Cheio de dúvidas e desejos. Segue.
A vida passa novas experiências, sentimentos e pessoas vão deixando suas marcas, mas as dúvidas te consomem cada vez mais. Dúvidas que representam reflexões mais amplas sobre as possibilidades, domínio sobre as situações. Tens certeza que ao final da minha vida as levará consigo, pois os “nossos erros na vida nascem do fato de sentirmos quando devíamos pensar e pensarmos quando devíamos sentir”.
Se um dia quiser ser lembrado faça valer os seus desejos, pois ele é uma força poderosa que pode ser usada para fazer as coisas acontecerem, deixando-te presente mesmo quando partires. Afinal este é nosso eterno objetivo e dilema em vida, alcançar a eternidade através da lembrança alheia, mesmo que vaga.
Autor: Basa Jr.
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Um comentário:
Belos versos, apesar de bem sombrios.
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